Nem mais uma palavra

Aos poucos fui me desfazendo de mim, me entregando, me doando e me fazendo serva de um amor que inundava o meu ser. Acreditei em doces palavras, em um bonito sorriso e um corpo nu. Mas do que valia tanta beleza, a nudez de um corpo, se o coração era feio e armado? Me cerquei de ilusões. Ainda não sei como pude ser tão ingenua, é, acho que de fato o amor nos cega. Não sei se é correto por a culpa no outro, começo a acreditar que a culpa seja de fato minha. Foram meus planos, meus ideais, meu amor, tão só e grande amor. É, todo aquele enredo de contos de fadas é falso, o sapo não vira príncipe  a princesa não é feia e torna-se bonita, não existem mudanças radicais assim. E agora me vem a pergunta, "o que é o amor"? Se o amor for essa dor que explode em meu peito, eu não quero amar, não quero coisas assim. Do que vale tantas juras, se essas nada valem? Isso é amor? São essas sensações que a tal "maré de março" nos traz? Estou agora a procura do meu outono, da minha calmaria, da brisa suave, das folhas caindo. 

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